15 de março de 2011

Equinócio e Solstício

Equinócio vem do latin aequinoctium que significa noites iguais, pois no dia do equinócio o dia e a noite tem durações iguais (12 horas cada).
O eixo de rotação da Terra é inclinado aproximadamente 23,3° em relação ao plano da eclíptica. A eclíptica é a órbita aparente do Sol em torno da Terra, pois pelo fato de estarmos presos à superfície de nosso planeta, temos a sensação de que é o Sol que orbita a Terra.
Equador celeste e Eclíptica

Uma das consequências dessa inclinação são as estações do ano que têm seus inícios e fins marcados pelos solstícios e equinócios. Os solstícios ocorrem quando o Sol encontra-se em afastamento máximo em relação à linha do equador celeste (linha do equador projetada no céu), sendo que ele marca o inicio do verão para um hemisfério e inverno para outro, pois nessa posição o Sol ilumina um hemisfério com maior intensidade do que o outro, sendo que essa situação se inverte seis meses depois, quando ocorre outro solstício. Os solstícios ocorrem nos meses de junho e dezembro.
Já o equinócio é um estágio intermediário entre os solstícios. Este ocorre quando o Sol, em sua órbita aparente em torno da Terra cruza e equador celeste, passando de um hemisfério para outro. Neste dia temos o céu a pino numa cidade localiza a 0° de latitude, como Macapá por exemplo. Isso quer dizer que no meio-dia do dia do equinócio, qualquer objeto que esteja localizado a latitude 0° ficará sem sombra! Isso porque, neste dia, o os raios solares incidirão formando um ângulo de 0° com o a linha do equador. O equinócio marca o início do outono para um hemisfério e da primavera para outro.
Incidencia dos raios solares na Terra no dia do equinócio. (Crédito: Observatório Astronômico Frei Rosário)


No dia 20/03 próximo ocorrerá o equinócio de outono para o hemisfério sul e de primavera para o hemisfério norte, sendo que dali a seis meses ocorrerá o inverso. Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro.

Em Macapá, o equinócio pode ser observado de forma privilegiada por causa de sua posição geográfica, como citado anteriormente! Sendo que a cidade conta com um obelisco onde que permite ver o Sol através de um circulo que é "cortado" pela linha do equador, evidenciando o equinócio para os visitantes.
Monumento Marco Zero do Equador-Macapá-AP (Crédito: Panoramio)


Então, se você mora em Macapá ou está passando pela cidade, vale a pena visita o Monumento do Marco Zero do equador onde poderá ver a passagem do Sol no dia do equinócio.
Animação dos solstícios e equinócios. Clique na imagem para ver a animação. (Crédito: Observatório Astronômico Frei Rosário)

'Superlua' alimenta teoria apocalíptica na internet



Texto publicado em http://veja.abril.com.br

No dia 19, distância entre a Lua e a Terra será a menor desde 1992

Superlua: A menor distância entre o satélite natural e a Terra em 19 anos poderia provocar maremotos e terremotos? (Thinkstock Images) 

No dia 19 de março, os astrônomos calculam que a Lua estará a "apenas" 356.577 quilômetros da Terra, a maior aproximação desde 1992. O evento é conhecido como "superlua" e pode ser verificado a olho nu: o satélite natural surge maior e mais brilhante no céu. Para os astrônomos, é um evento menor e recorrente - houve superluas em 1955, 1974, 1992 e 2005. Mas, na internet, o fenômeno alimenta teorias apocalípticas: por causa da distância em relação ao nosso planeta, a força da gravidade do satélite natural poderia despertar vulcões, provocar terremotos e afetar o padrão climático da Terra.
A paranoia gira em torno do chamado "perigeu lunar". A Lua descreve em volta da Terra uma órbita elíptica - como um círculo achatado -, e assim a distância entre os astros varia. Perigeu é o ponto mais próximo da Terra. Apogeu é o mais distante. Nas teorias apocalípticas, o perigeu lunar foi responsável pelo tsunami de 2004, que devastou o Sudeste asiático, e o ciclone Tracy, que atingiu a Austrália em 1974.
Para astrônomos, a associação entre superluas e desastres naturais não passa de paranoia. "É possível que a Lua esteja um quilômetro ou dois mais perto da Terra do que um perigeu normal, mas isso é um evento extremamente insignificante", disse David Harland, historiador do espaço e escritor, ao jornal inglês Daily Mail. Pete Wheeler, pesquisador do Centro de Astronomia de Rádio da Austrália disse que "não haverá terremotos ou erupções - a menos que eles tenham que acontecer de qualquer forma".
Segundo o astrônomo australiano David Reneke, "com criatividade" qualquer desastre natural pode ser associado a corpos celestes. No passado, continua, algumas pessoas acreditavam que o alinhamento dos planetas poderia despedaçar o Sol. "A maré baixa será um pouco mais baixa e a alta um pouco mais alta", previu. "Só isso."

9 de março de 2011

Fenômeno das marés

Bem, as marés dependem de diversos fatores, como perturbação gravitacional do Sol e da Lua, a própria fase da Lua, profundidade da costa e até mesmo o movimento de rotação da Terra! Mas de forma geral, o fator preponderante, é a perturbação gravitacional da Lua.
É importante ressaltar que o Sol também influencia as marés de forma significativa, mas em menor escala se comparada à influencia da Lua.
A atração gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra não é percebida nas partes sólidas como as massas continentais, por exemplo. Entretanto, nos oceanos e consequentemente mares e rios que são massas líquidas pode-se perceber facilmente o resultado dessa atração. As marés.


Influência da Lua nas marés aqui na Terra. (Créditos: http://astro.if.ufrgs.br)

Devido à fluidez das massas líquidas estas sempre são atraídas para a face da Terra que se encontra voltada para a Lua, formando a maré alta nesta região. Mas devido o princípio de ação e reação (3ª Lei de Newton) e a própria fluidez das massas líquidas, forma-se outra maré alta na face da Terra que se encontra oposta à Lua. Dessa forma, naquelas regiões que se encontram formando um ângulo de aproximadamente 90° com a Lua formam-se as marés baixas.

O bojo maior forma-se por influencia da Lua. O menor por influencia do Sol

Contudo, devido o movimento de rotação da Terra, após aproximadamente seis horas (6h 12m) a face que está voltada para a Lua terá se deslocado 90°. O resultado desse deslocamento é que onde havia maré alta, agora estará com maré baixa. Então cada maré acontece duas vezes a cada 24h e 48m. Logo temos praticamente duas marés altas e duas marés baixas de forma intercalada durante o dia.
Outro fator a ser considerado é o momento em que Terra, Lua e Sol encontram-se alinhados (conjunção). Quando isso ocorre, as atrações gravitacionais da Lua e do Sol somam-se provocando marés altas maiores do que as que se formam quando os três corpos não estão alinhados.  Estas são as marés de quadratura ou lançante como é conhecida pelos amapaenses.
Note a diferença entre os bojos de quando Terra, Lua e Sol estão alinhados e quando não estão.
Para saber mais, inclusive com tratamento matemático. Acesse:  http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/celeste/mareas/mareas.htm
A página está em espanhol, mas o texto é de fácil compreensão.